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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ESTRESSE, COMO COMBATER O MAIOR VILÃO DA SAÚDE

O termo Stress (inglês), traduzido para o português como estresse, foi tomado emprestado da física, onde designa tensão e desgaste. O médico Hans Selye (1936) definiu stress como "reação não-específica do corpo a qualquer tipo de exigência", que indica a situação em que a exigência é maior do que os meios para enfrentá-la. Outro termo importante no estudo do estresse é o termo estressor, que indica um evento ou acontecimento que exige do indivíduo uma reação adaptativa à nova situação;  denominado coping (lidar). Tais reações de coping ou adaptação podem ser funcionais ou disfuncionais, conforme a situação e a adaptação. Em suma, não há uma definição comum para a palavra estresse, mesmo nos compêndios médicos, o dicionário Aurélio diz que o estresse é "o conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa, e outras capazes de perturbar a homeostase" (o equilíbrio do corpo).

Nos Estados Unidos gastam-se de 50 a 75 bilhões de dólares por ano em despesas diretas e indiretas referentes ao estresse, ou seja, uma despesa de 750 dólares/ano por pessoa, que trabalha. A hereditária, a preocupação com o futuro, a qualidade de vida, os medos, o envelhecimento, a alimentação inadequada, a falta de atividades físicas, o pouco lazer, aliados a problemas pessoais, familiares, sociais, econômicos e profissionais podem originar a sensação de estresse. Diversos pesquisadores notaram que a mudança é um dos mais efetivos agentes estressores. Assim, as mudanças em nossas vidas, sejam elas boas ou ruins, têm o potencial de causar estresse, dependendo da intensidade do evento de mudança e suas consequências.

O estresse é dividido em três fases, a primeira, denominada fase aguda, é a fase em que os estímulos estressores começam agir. Nosso cérebro e hormônios reagem rapidamente, e nós podemos perceber os primeiros efeitos, principalmente relacionados à adrenalina. A segunda fase é a da resistência, é nesta fase que começam a aparecer as primeiras consequências mentais, emocionais e físicas do estresse crônico. Perda de concentração mental, instabilidade emocional, depressão, palpitações cardíacas, suores frios, dores musculares ou dores de cabeça. Muitas pessoas ainda não conseguem relacioná-los ao estresse, e a síndrome pode prosseguir até a sua fase final e mais perigosa. A última fase, conhecida como exaustão, é a fase em que o organismo capitula aos efeitos do estresse, levando à instalação de doenças físicas ou psíquicas, relacionadas muitas vezes com a ansiedade, a síndrome do pânico, obesidade, desordens do sistema imunológico, infecções, doenças cardiovasculares, câncer e até a morte.  

Como administrar o estresse? Existem na literatura várias maneiras para administrar o estresse, dependendo do grau, da fase, da capacidade do indivíduo e outros fatores relacionados. A melhor forma é buscar orientações de profissionais da saúde, e realizar um trabalho multidisciplinar com nutricionista, educador físico, farmacêutico, fisioterapeuta, psicólogo e médico.

Existem várias técnicas para controle da ansiedade e do estresse, dentre elas podemos citar: as várias formas de meditação, técnicas de respiração diafragmática e profunda, ioga (yoga), alongamentos, psicoterapias, terapias comportamentais, terapias em grupo, acupuntura, Shiatsu, hipnose, técnicas de relaxamento muscular progressivo, relaxamento induzido, cromoterapia, massagens, homeopatia, fototerapia, fitoterapia, medicina Ayurveda, naturopatia e outros.
Alguns hábitos simples também podem ajudar como a leitura (livros de auto-ajuda), o uso de mantras, a pratica de artesanato, decoração, realizar uma alimentação adequada, a ingestão de bastante líquido, sair com os amigos, fazer atividades culturais, ir a eventos sociais, jogar xadrez ou dama. A maioria dos terapeutas indica atividades físicas como natação, caminhada, corrida, esportes de grupo, fazer academia, hidroginástica ou até mesmo aprender uma arte marcial. Em resumo, os grandes suportes da qualidade de vida para o combate do estresse são: o sono adequado, o descanso, a alimentação, o lazer e a sensualidade. A prevenção do estresse deve incluir a organização do tempo, o planejamento de tarefas, a redução de compromissos e a buscar do equilíbrio. A auto-estima é muito importante, reserve um tempo para passar consigo mesmo (autoconhecimento), conheça melhor seu corpo, sua mente e suas energias. A busca pela religião pode ajudar, o conhecimento espiritual é fundamental, nunca se esqueça de buscar a Deus em todos os momentos de sua vida. 

Há providências cotidianas simples que devem ser observadas para lidar com o estresse, por exemplo, se está enfrentando um problema com o trabalho, tente desviar o pensamento para coisas agradáveis, sorria e busque o lado positivo das coisas. Se você está irritado, trate de conter o impulso, descarregue o ódio numa atividade física. Não queira resolver tudo sozinho, delegue funções e evite levar trabalho para casa. Quando sair do escritório, deixe as preocupações profissionais dentro da gaveta. De regra geral, quando estiver fora do trabalho, desligar-se é uma boa saída, veja televisão, assista um filme, uma comédia ou um bom jogo, de preferência seja o jogador. Sempre que puder saia para jantar fora, faça um bom passeio com a namorada (o) ou esposa (o). Faça uma viagem, relaxe, permita-se descontrair. Vá ao clube, a praia, ao teatro, ao cinema, ou a algum lugar agradável. Veja o mar, saia para pescar, faça uma festa ou um churrasco, tenha animais de estimação, e tire férias sempre que possível.

Em alguns casos a homeopatia pode ajudar através do uso de florais, glóbulos e outras fórmulas magistrais. Os complexos vitamínicos, aminoácidos e minerais podem auxiliar na reposição da energia e da vitalidade, facilitando a recuperação. Produtos fitoterápicos, bem como seus extratos podem ajudar a diminuir a ansiedade, reduzir o estresse e induzir o sono fisiológico sem criar dependência como: erytrina mulungu, melissa officinalis, cymbopogon citratus, matricaria chamomilla, beladona, passiflora incarnata, crataegus oxycantha, salix Alba, piper methysticum e outros a critério médico.  

Seja nos casos mais simples ou nos casos mais graves, nunca se automedique, procure sempre ajuda de um especialista médico. Se o médico lhe receitar medicamentos, sejam eles, vitaminas, calmantes, ansiolíticos ou antidepressivos, tomem corretamente, no período prescrito e avise imediatamente caso sinta alguma reação indesejável ou adversa. Os tratamentos médicos, farmacológicos e psicológicos evoluíram bastante nos últimos anos, sendo seguros e eficazes. O acompanhamento médico, psicológico e a avaliação diagnóstica feita por um profissional competente com base na história do indivíduo e evolução da doença, favorecem o tratamento e a cura. Os exames clínicos, laboratoriais e check-up são de suma importância, converse com seu médico, e faça o acompanhamento do estresse e das doenças associadas sempre com profissionais habilitados.